Solitários voamos flutuando na bolha que sopramos
- solitários mas sem solilóquios
que muitos são os colóquios do amor
que sopramos dentro da bolha
- a bolha do amor
que nos acolhe e põe vela
no barco ao vento
no bardo barco que vela a estrela
- a estrela de vela padrão na mão em cefeidas de amor
vela aberta à rosa do vento
sob a vela de luz bruxuleante das cefeidas de amor padrão
que segura a vela e vela
iluminando o amor na região da regra negra da noite
negra regra que agrega trevas
trevos em trevas cheirando
- trevas nos trevos despertando o deus do olfato
que regra a negra regra da noite no escuro bruto da treva sobre o trevo
exalando seu odor das raízes da terra às raízes postas ao vento em versos telúricos
no meio caminho de vôo das trevas ao anu-preto
(poesia-a : o amor nasce na bolha da poesia - a poesia é o amor na bolha, poesia em bolha de amor - a poesia do amor na bolha - poesia, amor e bolha de amor e poesia)
Para constituir a bolha
quantos universos em bolhas de amor sopramos
- para constituir o universo-bolha
cuja terra firme ganha contornos
na terra misteriosa e preguiçosa do sonho
onde vivemos oníricos em bolha
na bolha dos oníricos
cujo fio de vida está na bolha de água e sabão
bolha do amor que constitui a vida
- a vida que nos mantém vivos sem vírus na bolha asséptica
que flutua na lua que atua nua na tua concha bivalve
- concha bivalve que ouve o mar
de tanto amar o mar em concha bivalve preso
- preso em concha bivalde do amor
carapaça de areia dura que protege o amor
- molusco bivalve frágil no vidro soprado em bolhas
bolhas de vidro pousadas nas janelas
como uma borboleta presa detrás da vidraça
( A poesia nada na bolha onde o amor à poesia a leva e ao amor em bolha de amor e poesia-a a bolha com amor em bolha de sabão e vidro)
Ah! e nosso amor é tão frágil
- o amor de vidro soprado em bolha de vidro
para vidraça fina na janela da borboleta prisioneira
batendo asas para soprar uma fuga iminente da prisão vítrea
vitral de catedral colorido por Giotto e Fra Angelico
em desenho desmaiado no vitral de Fra Angelico e Giotto
- no vitral onde Fra Angelico e Giotto deixou o ritmo dos dedos
mantendo nossa frágil mariposa do amor presa ao vidro
- ao vidro vítreo vitral amarrado nos desenhos de Giotto e Fra Angelico
pois o amor quer fugir pelas asas da borboleta amarela
que bate as asas no caos e mexe com o planeta
Ai! é nosso - o nosso amor fragilizado dentro da bolha
- um universo desenhado e desdenhado em bolha : universo-bolha
- o amor, o amor é um universo pulha
todo feito de vidro quebradiço
incapaz de suportar um tapa da tempestade enraivecida
- um tapa da tempestade no vidro frágil
que o amor - o amor é o beijo de Klimt
- o amor é o amplexo na poesia de Klimt
( A poesia-a : A poesia na bolha do amor à poesia e ao amor bolha de amor ao amor da bolha que a poesia põe em poesia na bolha do amor em amor-bolha)
O universo-bolha é um universo-concha
na qual nos fechamos bivalves
- bivalves moluscos na concha do universo-concha
moluscos bivalves que somos em conchas bivalves
sendo o universo uma bolha soprada
- soprada na soprada do soprano
que canta soprano
- a soprano canta a cantora na cantata
canta e canta o amor que encanta e imanta a santa
enquanto nos afastamos do mundo
- do mundo imundo que nos atira pedras
afastamo-nos num mundo-bolha que o amor soprou
e fez chão com relva para nós deitarmos e rolarmos
- nós e as ervas em relva
acariciados pela brisa que toca a bolha envolta em concha bivalve
- a brisa que bate um ritmo no pára-brisa do violinista azul
que sopra outra bolha
- uma bolha de sabão saída do violino soprano
que toca suavemente o amor com bolha no coração
- nosso amor soprado soprano em bolha
pelo violino em bolha do violinista verde
o violinista verde
- verde erva do amor
verde amor de erva
que forra o chão em derrame de vida verde
- verde, verde de ver-te com verdes olhos no vazio
com órbitas verdes olhando das beldroegas arraigada ao solo calcário
- seus olhos verdes perdidos pelas ervas daninhas e boninas ao rés-do-chão
esparsos no verde de ver-te no que verte neles
que é o ver-te com olhos verdes de ervas na erva daninha
que não dana o solo
mas é dona dona da terra e do céu de anil a anum
BOLHA DE AMOR À POESIA
poesia pelo avesso : a erva daninha que não dana o solo- a erva daninha não dana o solo : a erva daninha é dona do solo em bolha de amor - bolha de amor e poesia.
A erva verde de teus olhos é dona da terra - dona da terra de anil a anum - de anil a anum a erva verde de teus olhos é dona da terra : a erva verde dos olhos teus. E o amor - o amor é o beijo de Klimt - é o amplexo na poesia de Klimt . ( Poesia-a : a poesia à bolha vai com o amor à bordo de poesia e da bolha de poesia e amor).
Olhos verdes esparsos no verde de ver-te, verdes olhos esparsos no verde de ver-te, olhos verdes esparsos nas ervas, olhos verdes esparso pelas ervas no chão - ao rés-do-chão.No vazio os olhos sem orifícios, perdidos, perdidos pelas ervas daninhas, no vazio dos orifícios, nas ervas daninhas e boninas, ervas boninas: com órbitas verdes olhando das beldroegas - das beldroegas olhando em órbitas verdes, que forram forrageiras o chão, o chão das forrageiras, forrageiras que forram o chão em derrame de vida, derrame de vida em ervas, ervas verdes na beldroega, a simples beldroega em solo, solo calcário - solo calcário das beldroegas, verdes bobas - bobas verdes as beldroegas.( A poesia-a : amor na bolha da poesia - na bolha da poesia vai o amor em poesia e bolha de amor )
Nosso amor soprado soprano soprana em bolha , na bolha do coração nosso amor soprano soprado pela soprana sem coração em bolha sem rolha - pobre bolha sem rolha! Amor soprado e tocado pelo violinista verde, tocado e soprado violinista verde com o violino do violinista em verde erva do amor : a verde erva do amor no violino do violinista verde. A soprana canta soprano na canta, canta soprano a soprano na cantata que canta por si, em si bemol maior sem a soprano tola e vaidosa.Ah! vaidosa! ( poesia-a : na bolha da poesia nasce o amor - o amor nasce na bolha da poesia que enceraa a poesia e o amor em bolha de vidro).
Uma bolha de sabão saída do violino soprano - bolha de sabão do violino soprano que desce na chuva azul do violinista azul molhado de chuva azul celeste o violinista azul celeste, a chuva que curva a turva chuva : a chuva turva em curva de corvo, corvo de céu curvo ao turvo.
( A poesia-a : Amor, poesia e bolha - o amor na bolha da poesia : a poesia a bordo da bolha do amor e o amor que é poesia à poesia na bolha ao vento )
Acariciados pela brisa na bolha do amor, a bolha do amor na brisa envolta em concha bivalve - a concha bivalve envolta na concha do amor, a concha que o amor faz para se proteger em molusco, que o amor é molusco frágil, frágil vidro soprado em bolha de vidro - bolha de vidro que a tempestade esbofeteia sem piedade : sem piedade a tempestade esbofeteia o vidro, o vidro soprado em bolha de vidro, que o universo-bolha é universo-concha, universo concha na bolha de sabão do amor e universo-bolha na bolha de vidro do amor molusco - frágil amor molusco bivalve, em concha bivalve do amor de molusco que temos. Ai! que o amor é um universo pulha, universo pulha na tempestade furiosa que bate no vidro da bate - a tempestade furiosa que bate na bolha de vidro, que dá um tapa no vidro, a tempestade que com um tapa quebra o vidro que tapa a bolha então desfeita . Oh! universo pulha desfeita a bolha do amor, que o amor sem bolha é universo pulha, que pega vírus e morre - pega vírus e morre o amor sem bolha que o separe do universo fora da bolha : é pulha o universo do amor sem bolha : o amor é pulha.O amor é um universo desenhado e desdenhado, universo desenhado e desdenhado - o amor.( Poesia-a : o amor na bolha - na bolha da poesia o amor, amor na bolha, na bolha da poesia, na poesia do amor a bolha - no maro a poesia que é a bolha do amor e o amor )
O amor nasce com a poesia, nasce com a poesia o amor, que o amor é amplexo na
poesia de Klimt : o amor é o beijo de Klimt - o beijo na poesia plástica de Klimt. O amor quer fugir, pelas asas, pelas asas da mariposa amarela o amor quer fugir - o amor quer fugir nas asas da mariposa, por isso o amor foi amarrado nos desenhos, o amor foi amarrado nos desenho de Giotto e Fra Angelico, nos desenhos de Giotto e Fra Angelico foi amarrado o amor para não fugir voando nas asas da borboleta que bate o caos - com uma batida de asa espanta o caos, o deus Caos e a teoria do Caos. No vitral da catedral os dedos, Giotto e Fra Angelico deixaram os dedos nos vitral da catedral, no vitral da catedral os dedos de Fra Angelico e Giotto disseram o amor, disseram e deixaram amarrados no desenho o eterno amor - amarrados os enamorados em eterno amor, que nunca é eterno.O ritmo dos dedos de Giotto e Fra Angelico, Giotto e Fra Angelico prenderam o amor ao ritmo dos dedos no desenho e pintura que deixou o amor em prisão vítrea : a vítrea prisão do amor na bolha de vidro - o amor soprado em bolha de vidro; em bolha de vidro foi soprado o amor, que deu vida à bolha de vidro. A bolha de vidro é a prisão vítrea da mariposa, sendo o amor a mariposa na prisão da bolha de vítrea, a mariposa prisioneira, a mariposa feito prisioneira na bolha vítrea. O amor de vidro soprado de vidro na bolha, vidro em bolha que pousa na janela feito borboleta e acaba borboleta presa na vidraça, presa a borboleta atrás da vidraça.Borboleta são bolhas de vidro, bolhas de vidro pousadas na janela e o vidro da janela, bem como o amor em bolha de vidro é uma borboleta pousada na janela. (A poesia-a : a poesia, o amor,a bolha - a poesia, do amor na bolha se entrelaçam e fazem a poesia do amor na bolha da poesia )
De tanto amar o mar em concha bivalve, amar o mar preso em concha bivalve para o ouvido, concha bivalve de amor, de amor bivalve concha que ouve o mar, de tanto amar o mar no mar que ouve. O amor é molusco bivalve , frágil molusco bivalve em cocha e bolha, na bolha e concha do amor, na concha e bolha de sabão que vela o amor, na vela padrão da estrela, na vela padrão da estrela cefeida, vela da variante cefeida que luz a luz da vela variante no vento, vento - variantes cefeidas: tempo, tempo-luz - cefeida de tempo ano luz de viagem, viagem pela luz no tempo. na bolha asséptica onde a lua flutua, nua na bolha asséptica a lua flutua nua. Na bolha asséptica, quanto universos de amor sopramos, quantos universo de amor em bolha sopramos, sopramos em bolhas de sabão e vidro, bolhas no sabão e vidro. No universo oníricos, oníricos na terra do sonho, no universo em terra do sonho, oníricos nos olvidamos, nos olvidamos oníricos (poesia-a : amor na bolha da poesia é amor da poesia na bolha de amor e poesia é a bolha que protege o amor - poesia-a : amor, poesia e bolha de sabão e vidro )
No meio caminho das trevas ao anum, no caminho das trevas ao anum, o anu-preto, na regra negra da noite o anu-preto impera, o anu-preto é o impera nas trevas, imperador das treva : o anu-preto vela as trevas e desvela a cefeida que vela, vela padrão de cefeida, variante vela. No bardo barco que vela a estrela a vela vela o bardo no barco da estrela variante em cefeida - variante cefeida. Vela, uma vela aberta à rosa do vento,à rosa do vento.Sob a luz bruxuleante, sub luz bruxa bruxuleante de amor padrão, bruxa de amor padrão, cefeida a cefeida de amor padrão na vela padrão que vai a bruxa do amor padrão. A cefeida segura a vela e vela, segura a vela e vela a cefeida, iluminando o amor - o amor na negra regra da noite, o amor na região da negra regra da noite, na região da negra regra que agrega trevas e trevos, trevos que agrega pelo odor nas trevas, odor que põe olhos nas trevos, que trevos têm olhos nas trevas, olhos no odor, odor de trevos na trevas que cheiram à noite - trevos que cheiram as trevas da noite. Trevos exalando olor, despertam deus olfato as trevas exalando olor nas trevas, despertam o deus olfato - o deus do olor nas trevas são olhos : olhos são o deus do olor nas trevas, o deus olfato, o olfato da ciência e dos sentidos ou dos sentidos à ciência do olfato, oftalmologista à vista dos olhos. Do nariz é ottorinolaringologista - otoorinolatingologista e não oftalmologista, que está de olho na vista onde avista dinheiro(a-poesia-a : Amor na bolha da poesia - o vento toca a bolha da poesia que protege o amor na bolha da poesia : o amor.) ( A poesia-a : a poeia do amor na bolha - na bolha a poesia do amor; a poesia, - do amor na bolha à poesia).
Solitários vamos flutuando, flutuando solitários pela bolha do amor, na bolha do aor que sopramos vamos solitários flutuando, flutuando em solilóquios e colóquios, em solilóquios e colóquios, que o amor também tem solilóquios, mas muitos são os colóquios do amora.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
A POESIA DO AMOR NA BOLHA
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