quinta-feira, 24 de outubro de 2013

POSTULANTES(POSTULANTES!) - nomenclatura terminologia


Não somente a ciência é uma escolha dentro do leque de opções em um contexto dado, mas todo o resto também é uma  escolha humana. Essa escolha determina o que é melhor para aqueles que possuem a hegemonia política e oferecem o que é o melhor aos membros que possuem o poder, não aos postulantes. Os postulantes ficam a postular..., digo,  a ver navios... no mar seco em terra firme, enquanto os senhores clamam do alto da gávea, alto e bom som, de forma provocante : "terra à vista!".
  Quem determina as escolhas são menos os indivíduos e mais os representantes dos indivíduos : seus tiranos, seu grupo social, os oligarcas ou aristocratas que os representam forçosamente enquanto políticos. Políticos aqui destila o sentido lato : todos os líderes são políticos de fato ou de  direito, conforme o derrame das leis ou dos fatos,

do universo do direito ou do mundo de fato, não cultural, natural, selvático.
  A opção reflete inclusive e, principalmente, o pensamento de um povo dominado por dentro, através de  sua oligarquia em poder do gládio da justiça  cega e vendada e (e também ou), por fora, por meio  seus conquistadores imperiais, os quais a todos ameaçam passar a fio de espada, caso ousem levantar os olhos ou o pescoço de dura cerviz
( "carne de pescoço!" são essa gente de dura cerviz!, ó senhores escribas de requintada hipocrisia, instrumento que os torna aptos aos atos maquiavélicos do governo. Os bons são crucificados e engrossam a fileira dos santos mártires, pois não dobram o cachaço, antes fazem ouvir o dobre dos sinos em trágicos responsos).
   Observe o caso gramatical, lógico e ontológico, senão antológico, da sabedoria, do conhecimento típico do grego: a filosofia; o grego da Hélade, um povo "sui generis", que engendrou mentes personalíssimas e inteligentíssimas, para usar da expressão feliz até o sorriso feliz posto por Aristóteles em "A Ética a Nicômaco" e na face do homem que engendrou a fortuna crítica de Drummond, com a  locução originária da pena do crítico literário, musical e erudito  Otto Maria Carpeaux quando comentava a obra poética-filosófica-política do escritor Carlos Drummond de Andrade, um poeta bem-nascido, alinhado, alinhavado em versos, oitavado em anjo torto. "Gauche". Homem inteligentíssimo e personalíssimo, no dizer de Otto Maria Carpeaux.
  A filosofia grega não é o pensamento : a filosofia nativa da Hélade não é o pensamento  chinês, nem judaico, tampouco alemão, nem mesmo o pensamento grego; porém uma escolha em contexto da Magna Grécia de uma forma inovadora de pensar, abrir a questão à discussão dialética; uma maneira de abordar a questão questionando-a livremente, de forma ociosa. 
'Hodiernamente" não há mais Magna Grécia, Hélade, e nem , concomitantemente, filosofia grega. Restam no resto da divisão do quociente alguns filosofemas. Nada mais. Inobstante, existem ainda filósofos gregos, espíritos livres com o corpo preso ao capitalismo animal, que anima a alma no pasto e o corpo no repasto.
  Não obstante sobreviver sem a filosofia grega, que é um processo o mais teórico e abstrato que existe, o pensamento chinês, tecnicamente, ou seja, no fazer, fez o que o ocidente fez e faz tecnologicamente, mesmo  antes da Europa romper a barra da alva com a  barra do chocolate branco e do sorvete equilibrista no  pequeno bastão que o segura ou o amarra (ou Amarna?, Faraó...); bastão esse que prende o gelo no palito, antes de ir ao palato, e que, para conceber tal técnica,  não precisa de nenhuma palavra grega ou chinesa ou portuguesa para arrostar a existência ou para amarrá-la à natureza e, consequentemente, à vida que, em parte, é mais que a existência e em parte menos, conforme seja a exegese produzida pelo  filósofo vital ou pelo erudito macabro, que busca a morte entre as  traças e os carunchos que visitam os alfarrábios, eivados de "bios" (biocultura, bioma) em pântano. Tremedal tremendo!
  Sim, asserto que o filósofo é um ser vital porque toda filosofia tem um componente essencial ( jamais acidental) de humanismo, o que não ocorre com as demais formas de raciocínios, os quais  são deletérios ao  ser humano e ao bicho-de-luz: ao vagalume, ao pirilampo, à mariposa.
   O filósofo genuíno não pensa sem a vida : sempre conta com a vida antes e depois de pensar, o que não ocorre com outros tipos de eruditos. O filósofo pensa contando com o homem no processo humanitário, pensa e sonha com o homem feliz de Aristóteles e não o chim infeliz olvidado pela poesia, pintura e pensamento chinês, que não contempla o indivíduo, senão o poderoso mandarim e tipos afins.
  O homem oriental está nos tratados chineses como coisa, objeto de uso, não como ser humano, pois não há humanismo no pensamento racional, mas apenas na filosofia, a qual ultrapassa os limites da razão, une poesia ( utopia) e razão fria ( "Scientia rationis"!).
   A filosofia grega implanta o homem no homem; cria, inventa o indivíduo.
 A criação do homem enquanto indivíduo pela filosofia helena. Puro helenismo!

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domingo, 20 de outubro de 2013

LULAS(LULAS!) - nomenclatura terminologia


A Jarro de vinho
O pensamento da ciência moderna e coeva é todo o pensamento de Aristóteles : é uma invasão ao pensamento do estagirita, pensamento esse que nos invade e nos domina, enquanto ciência, mesmo antes da Idade Média, entre os árabes, depois de ser o fundamento teórico do mundo romano e da Hélade gloriosa; ou : o espírito de Aristóteles paira soberano sobre as águas que inundam e afogam a ciência moderna e contemporânea; ainda : a filosofia de Aristóteles é o método, a lógica silogística, ou seja, o silogismo, a ontologia que põe o ser do pensamento hodierno no mundo-cão (mundo cão?, senhores cínicos!).
Enfim, o pensamento do filósofo Aristóteles é a ciência atual que perdeu o fio da meada ( ou de Ariadne) ao passar e perpassar pela mente de inúmeros filósofos e pensadores da modernidade, pós-modernidade ou o mais que seja rotulado de moderno pelos devotados devotos com ex-votos que, concomitantemente, foram devorados pelo Minotauro em passos ritmados pelo labirinto do Palácio minoico de Cnossos(Knossos).
Esse pensamento originário na mente do filósofo do Liceu e em torno de seu contexto( derrame de contexto!), é a ciência moderna, coeva, a viger na forma clássica , foi uma escolha do estagirita, dentre outras escolhas possíveis e passíveis de ser  feita no bojo do pensamento do filósofo que, por sua vez,  descamba em escolhas colhidas por outros pensadores e filósofos pósteros.
O pensar do filósofo fundador do Liceu é uma opção dentre outras opções do seu próprio pensamento possível e passível num contexto historial, cultural, intelectual, tendo como substrato línguístico, gramatical, semântico no grego da época do ser pensante em filosofia ou com a perspectiva filosófica que, anteriormente, não era opção disponível no universos das culturas e civilizações sobre a  face da terra, - pensamento esse eleito dentre outras pensares possíveis e passíveis de ser falso ou verdadeiro, a consonar com  a conclusão e a exclusão do silogismo que põe o princípio da contradição ou do contraditório, princípio fundante do saber, do conhecimento e da justiça,  se a há.
O pensante estagirita elege uma metafísica ( um pensar puramente teórico, abstrato, lógico, separado dos objetos concretos) fundando uma gnosiologia, uma epistemologia com um pé na metafísica ( universo pensado) e outro na física ( o mundo sensível,  sentido), que pensa para lá do ser e para além do pensar físico da ciência comezinha. Retira o corpo à ontologia e se reveste da couraça do besouro da metafísica, que ouve Beatles.
O mundo ocidental pensa Aristóteles na gramática, filologia, ontologia, metafísica...bebe o filósofo na cultura, tem-no embutido na civilização, desenhado nos signo de suas obras literárias-filosóficas.Literatos, filólogos, estetas, filósofos de longa vadiagem...de longo curso de vagabundos pelos prelos dos mundos..., pobres derviches adoradores do cosmos e amantes da pobreza sanfranciscana, que os deixa livres, sem as cadenas da fortuna ou do casamento, que é uma forma  do fandango...
Aristóteles é o ocidental pensante, postado por Rodin, que o aniquila ao afogá-lo nas águas do pensar filosófico, qual outro Narciso sem trama no mito.
Não existe ciência alguma, mas várias formas eletivas de ciência, dentre as quais uma somente é eleita para ser a representação da ciência ou a ciência escolhida. No caso da cultura e civilização do ocidente..., senhores e senhoras do peixe, amigos e companheiros peixeiros que vendem a religião sob o signo do senhor das águas cristalinas dos riachos e dos mares verdes, azuis, de písceas águas, piscinas para pescados, pescados tratados sob psicultura : polvos, lulas(lulas!), mariscos, siris, caranguejos, crustáceos ...:ei-los : os pescados!, ó cristãos de pouca fé!
No que tange à técnica, é o  primeiro pensar e agir pensando-pensante, ou o pensante. A técnica é  anterior a essa eleição teórica de Aristóteles, a  qual se revirou em teoria denominada tecnologia : o logos, o dizer, a teoria do fazer (tecnicismo), o fazer pensante,  filosofante, teorético, haurido do teorema que aflige o fazer sem pensar : fazer acrítico, anti-kantiano, proto-kantiano, pré-kantiano, pós-kantiano,  antes e depois do pós-guerra.

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sábado, 12 de outubro de 2013

MIRTA, MURTA DECUSSADA - wikcionario wikdicionario



Um dia irei ter às terras
para onde minha mãe foi
na sua derradeira caminhada
em busca de Orfeu e Eurídice.
Vou parar definitivamente nas terras
aonde mãe está a encetar nova jornada
pelos subterrâneos do Hades.
Terras?! - Não são terras;
céus?! - Não são céus;
aguas?! - não são águas;
ares?! - Não são ares,
mares, gares... - Não são gares!...
- no muito são esgares
escondidos na máscara mortuária
ou algum naipe :
o Ás do baralho
oculto na manga da mortalha
pelo trapaceiro contumaz
para o caso de haver um jogo de azar
que o Livro dos Mortos não preconiza.

Mãe não foi a lugar nenhum,
nem ficou por aqui,
apenas perdeu um corpo
para a morte,
mas continua a habitar outros corpos
em oito filhos
( uma oitava acima do registro do violino
à mão do violinista azul celeste de Chagall)
e outros tantos netos, bisnetos e tataranetos
que vieram e que virão na viração,
nas asas das  procelárias
que chegarem para visitação
e na concha acústica do molusco vieira.
Agora ela assiste  aos descendentes
de dentro da alma deles :
nossas almas rosáceas
tirante a uma variação do verde.

O morto, a morta, a murta,
com sua filotaxia decussada(decussada!),
não vai nem vem de lugar nenhum :
fica enterrada, emparedado(o morto) no corpo
ou cremada(a morta, a murta)
e dissipada pelas cinzas das horas
do poeta Manoel Bandeira
em primícias de lírica eremita.
( Mãe me ensinou a piscar
para por água na terra
que o vento sopra nos olhos
lendo as Liras de Marília de Dirceu
do poeta Antônio Gonzaga,
respirando uma Arcádia imaginária
na vida da mirta, murta-comum ("Myrtus communis"),
vegetal florido que se leva de Afrodite a Vênus,
através o caminho de través da Hélade
e vai até Jesus na manjedoura
com a casca da madeira raspada em mirra,
célebre incenso do Oriente
e coroa a noiva com sua grinalda.

A vida do ser humano
está escrita no Livro da Vida,
obra-prima da natureza com faunos e Flora,
mas deságua no Livro dos Mortos
onde há uma cruz ansata
e uma cruz romana.
Empós a cruz romana,
carga para uma vida inteira
de camelo devotado
a um império de feras,
bestas asquerosas,
descritas nos fabulários dos prudentes filósofos,
- vem ( e vinga!) a cruz cristã,
que cobre o sepulcro ou a cova rasa,
pois nem a natureza aceita a morte,
tampouco a Terra ou a terra
ou o ar que envolve a carcaça do cadáver
junto ao séquito de vermes,
em redor do morto, da morta
e do bicho em decomposição.
O defunto é uma escuridão interna,
caverna negra
cujo sol se finou.
Finado, dobre de finados
nos sinos a bimbalhar
em lúgubres responsos
para um "pobre "Alphonsus""!,
uma louca "Ismália"
que padeceu o setenário das dores de Nossa Senhora,
de Nossa Senhora, minha mãe!,  - em terra!,
onde tudo dói de fato
e não  em quimera celestial,
onde nada dói em dó maior
na dosimetria ministrada por Tchaikovisky,
sem dó alguma,
mormente quando a demência de Alzeihmer
chega ao ápice...
- pois quando Alzeihmer enloqueceu
e duplificou a visão da lua
no "Delirium tremens"
uma lua pisava o mar
e outra pesava o céu do morcego
e do mocho do campanário.

Mãe, como todos nós,
perdido o pouso do corpo
em que estava a exercer o ser,
dirigir o  drone, o submarino nuclear...,
vai despertar budicamente,
- bruscamente nos corpos dos outros entes,
os quais possuem seus pedaços
do Frankenstein fantástico,
que é a soma do soma
do que somos
em todos os  corpos humanos
dos nossos antepassados.
ascendentes, descendentes,
os quais se acham agachados a cuidar das estâncias
que são seus corpos  filiais,
na carne viva
e  às vezes em chagas
dos netos, bisnetos, tataranetos....
corpos nos quais dormia a mãe viva,
historiada pela Bela Adormecida no Bosque
e ainda com sono em Branca de Neve,
que acordou Neves, no Brasil
daquele pau-brasil
queimando sob o anil
recortado pelo anum
de pio ímpio,
penas negras apenas,
voo capenga:
vulto da noite
sem vago lume.
Vaga lume, vaga!,
que a noite não tem luzerna de vagalume.
A morte é noite sem fim
apenas num corpo finado
do qual se salta para a luz
- num salto mortal
do trampolim do trapezista
cuja flexibilidade é eco de vitalidade plena.
É mister não errar a acrobacia,
por  isso recomendo aulas
no Cirque du Soleil
para evitar uma segunda morte inútil
e um outro processo de desterro
enfadonho e longo à Kafka
descrito minuciosamente no Livro dos Mortos
com toda a burocracia ultramundana em detalhes.

 
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PERFUNCTÓRIO(PERFUNCTÓRIO!) - enciclopedia dicionario etimo



Mirando o retrato de minha mãe na puberdade
observo e sinto
que em seus olhos
eu já olhava extasiado para o mundo:
o mundo azul da Terra verde.
Eu já estava ali no universo
presente na metade do corpo dela,
pretérito no meu tempo de ser em carnação;
mas estava, naquele tempo,
antes de ser sequer rasto de feto,
pacto de óvulo e espermatozóide:
a meio-olho, ao meio-dia, meio-tijolo :
algo meã, a meio caminho do caminhante,
a um tiro de caminhão,
caminhando, em jornada,
jornaleiro à jorna pago.
( Mas mais bela  ao verdejar era a alga
marinha em seu seu verdor
composta em doce glicose,
a um passo de dança da compota
e dois passos da melodia do violinista verde de Chagall,
que colhia o verde do meu pai,
que quando bêbado esverdeava,
descendo o verde dos olhos à tez...
Porém,  perfunctório(perfunctório!) o mundo
em atos de governos virulentos e violentos
que invocam uma epifania de  Black Blocs
para espatifar vidraças
de instituições vestidas para o crime
permitido em lei capitalista,
comunista ou oriundas de repúblicas réprobas,
porém por demais democratas ou socialistas:
todas comprometidas com a corrupção
dos homens que as dirigem
e vêm a dirimir as querelas da justiça
consubstanciadas por ladrões e sicários
que empregam doutos
a serviço do direito e da ciência,
militares e milicianos a serviço mercenário
das forças armadas,
as quais defendem as debilidades políticas,
sociais e econômicas de um sistema
aberto para poucos sócios
e proibidos para todos os insolventes, inadimplentes.

Em posse da minha metade
naqueles olhos negros
de minha mãe
vi, via,  a metade da minha verdade,
meia realidade,
a meio-olho ou um olho ciclópico,
não com ou à meia luz,
mas com luz integral,
( ou vagalumesca na vaga do vagalume :vago lume)
se não fosse treva
de três trevas (tri-trevas)
ou trevo de quatro folhas
desverdeado pelas trevas tríplices
o que cavava o espaço do momento
antes do lusco-fusco
anunciar com anjo
não uma criança bem-nascida,
mas sim uma mulher na noite
pintada, sinalizada, por Joan Miró
em seu tratado pictocráfico
de príncipe-menino e princesa-noturna.
( A outra metade do meu olhar
estava nos olhos do meu pai
que via o outro lado do mundo
com outros hormônios,
outro ego e corpo meu apartado ao meio
a fio de espada do tempo
que ainda não era
na minha Era de Aquário,
signo de Virgem
nas constelações do zoodíaco
que deita de-noite
e dorme de-dia
e acorda na madrugada do acordo
com a corda ou seno
para trigonometria, alaúde, patíbulo
ou amarra de peças ou pessoas
em leva de prisioneiros
com séquito de soldados que marcham
com a cabeça no papel da lei
para cavaleiros lendários sem  cabeça
à frente da caleça,
coração ao meio,
partido.

Quando se juntaram,
unindo-se em mãe e pai,
as metades antes dispersas neles,
pelos medos e persas
caminhantes caminheiros
dos caminhos e descaminhos dos caminhões,
ocorreu a unidade daquelas metades
em uma verdade, uma realidade
e então se fez a luz a vagalume,
criou-se os céus e a terra,
as pedras e os petréis,
as ervas, heras, árvores e as lianas,
reptéis, anfíbios, mamíferos, peixes e aves,
tal qual  as vejo, sinto, penso
e ponho feito ser
junto ao fungo,
planta em que ponho o chapéu
e tiro tirocínio do céu
do petrel e outras procelárias,
bobos com suas almas-de-mestre
voejando em calmaria na procela
que fustiga com fúria
e faz balançar perigosamente
o maior dos transatlânticos.

Desse encontro
de amora que se enamora
nasceu minha cosmosvisão,
minha verdade e realidade
-  nasceu o que sou eu,
parte de mãe, parte de pai,
quando apartados,
e junção deles, empós o amor,
que acordou vencido pela barra da alva,
vencedor na flor de laranjeira, aromática,
no mundo que me não  leu,
nem sequer soletrou solerte
e me  não subverteu
na sua ginástica de exegetas e hermeneutas
das ilhas Aleutas,
nem no prazer inenarrável de ouvir alaúde
ou o terror pânico de ver o ataúde
que se dispõe a receber
o corpo do morto,
que é outro ataúde
de onde a alma e o espírito empreenderam fuga
na tocada e fuga singela do alaúde
com aletas na alma de Bach.

Mãe acaba de perder um corpo;
todavia continua com oito corpos de filhos
e outros tantos de netos, bisneto, tataranetos
que virão na viração :
mãe continua com chance de eternidade,
mirando o mundo dos meus olhos,
ouvindo com meus ouvidos,
lendo os poetas românticos
na biblioteca de "Alexandria"
que eu trouxe para dentro da memória
onde há uma pinacoteca,
museus de ciência...
- e a fusão de dois corações
em um coração vigoroso
imperturbável, impassível  nas borrascas,
inabalável nas intempéries,
em calmaria de procelárias
sobrevoando a procela a bramar,
a bufar bafejando o Zéfiro dos foles,
da gaita-de-foles com fôlego,
do pulmão, pneu, pneuma, atma
que inspira fora do mundo,
que é por  dentro o ser humano,
um microcosmos apartado,
e expira no mundo,
o macrocosmos a rodear o corpo humano,
em forma de música, melodia, ritmo
em dedos com dados de geômetra,
harmonia na arritmia, contraponto...: ponto!
- Pronto contraponto!

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