sábado, 30 de março de 2013

TEÍNA(TEÍNA!_ dicionario wikdicionario lexico etimo


(Recado sem recato:
o que eu queria
era te ter com teína(teína!)
- antes e empós a tisana!) 
 
 ORÁCULOS DO PROFETA COM VEZO FILOSÓFICO:
 
O homem que mais admiro
é Nelson Mandela
pela sua dignidade
e não pela cor do ébano
que ao gosto de sol
passeia em melanina
em sua tez
tostada, tisnada ao sol na África,
porquanto o homem não se distingue por cor
ou por pele descolor
no fantasma branco
sem sangue e pigmento,
mas por sua postura,
e sua inteligência a serviço da vida
não importa em que posição política
esteja entrincheirado,
não para uma guerra
porém para perenizar(sic) a paz
ao porfiar com fé
pela causa do seu povo
e pelo direito inalienável à dignidade
de todos os seres humanos
cujos direitos humanos
estão na poética do papel
( Para tal se faz mister
que saia o direito
da fase larvar de poesia
e perenize-se(sic) na realidade,
não nas instituições
que estas tendem a cristalizar-se
desde o tempo do papiro do Nilo,
mas nos seres humanos
que, enquanto indivíduos,
são cristais de Cristo,
 a formar uma nação
que pode dominar os pruridos de poder absoluto
a que tende todo governo sobre os homens
sem  picos nas cristas
das ondas eletromagnéticas
ou senóides que desenham
a voz do profeta em desdém
contra o veneno inoculado
pela eterna "raça de víboras!"
 a se perpetuar indefinidamente no poder.
( Toda forma de governo é uma satrapia!,
a qual dá ao povo
as mais pias mentiras,
a consonar com o que reza
a gramática da política
descrita em modo de etnografia
por Maquiavel no "Príncipe",
obra anti-vulgo).

Nelson Mandela
tem meu respeito e admiração
por ser uma "coisa" (sic) rara entre políticos
- e todos somos políticos! :
poetas, profetas, cientistas, artistas,
operários, domésticas, cantoras líricas,
padres, dervixes, pastores, sufis, patriarcas,
esportistas, médicos, criminosos...
- Mandela! : eis a "coisa" rara ou "avis rara"
que ele representa no poder : dignidade!
Mandela, o homem digno,
verdadeiro dignitário(sic).

No que tange a lira
a respeito dos preconceitos
de cor ou descor,
são todos descabidos;
não é bom, nem de praxe,
fazer qualquer distinção entre seres humanos
seja qual for sua cor,
credo, pensamento, ação,
posição social, política, profissão,
estratificação social, econômica,
se é bandido ou se é artista,
porquanto o homem não é nenhum dos dois
e, paradoxalmente, os dois
em conflito de bem e mal
que o filósofo tenta afastar par ao além
de todo bem e mal...
( o ser humano é um paradoxo zeno)
- Não importa  se pertence às oligarquias, aristocracias...
- ... ainda  o pior dos criminosos
merece respeito humano,
direitos humanos
e não pena de morte...
(- Será, meu Deus?!...).
Meu pavor é que
ao  estabelecer qualquer acepção entre seres humanos
ajamos da forma mais abominável.
Assim, amparado em acepções de homens,
eugenia e outras ideias periclitantes (sic)
foi que agiu Hitler,
ao fundar o partido nazista,
Mussolini, ao desenvolver o fascismo,
partidos que outros monstros
almejam tirar do limbo.
Tais pessoas megalômanas,
mitômanas,  não deveriam jamais chegar ao poder,
nem deveriam viver
entre outros seres humanos,
e sim, infelizmente, segregados,
mas esse ato seria tão abominável
quanto os atos que eles possam perpetrar
se ganharem foros no poder.
( Em verdade, em verdade, eles estão
perpetuamente no poder,
pois essa sua meta
desde tenra idade
e, por isso, levam imensa dianteira na politica
frete aos demais seres humanos
que não se interessam por mando.
Eles, os oligofrênicos
precisam mandar!
Contudo, pensar em segregação
já é um perigo,
mormente num mundo
cada vez mais louco
e dirigido por dementes
que podem destruir tudo
num átimo
ou num acesso de loucura.
Entrementes, isso seria volver
ao universo pensante
a viger na política dos médicos psiquiatras
anteriormente ao pensamento de Michel Foucault
que iluminou  a loucura detectada
e tratada sardonicamente
por Erasmo de Rotterdan
à maneira leve e irônica da sátira(sic)
dos lucianos e apuleios que leio
nas entrelinhas do riso zombeteiro
dos filósofos cínicos ou estóicos,
que são tragicômicos a sério,
polichinelos na Commedia dell"arte(sic).
Burlescas pessoas do discurso e do teatro!
- somos sem o saber!,
nem recorrendo à percepção recorrente!(sic).

Mandela não é meu ídolo,
pois não cultuo ídolos,
abomino idolatria;
apenas o admiro muito
pelas atitudes que teve
mesmo estando na pior
e mais deplorável condição
a que possa ficar exposto um homem.
Entretanto, não seria uma vida
que guarde qualquer similitude
com a existência de Mandela
que eu ambicionaria levar avante,
porquanto me parece vida triste e chata,
passada quase toda,
em sua fase áurea e luminosa,
no ergástulo frio,
na enxovia.
( A melhor parte da vida
é a porção idealizada
no idílio da bem-amada
cheia de beijos na boca
e amplexos sem fim!...:
O resto sobeja na conta do tédio
"ad infinitum" e matemático:
uma evasão para a poesia romântica do cérebro
que se olvida na razão pura
de Kant sem canto
ou hinário de amor
à sua medusa
(que ele não teve, coitado!),
única mulher capaz
de me apagar
a solidão e a solitude de deserto
que circunda o homem
no ermo que é a vida sem ela,
- sem o calor do amor dela!,
essencial quanto o sol,
energético quanto a clorofila
que desperdiça o verde
sem a existência dela
na minha vida,
que sem ela nem é vida,
mas vegetativa árvore ressequida
tombada pelas tristezas do vento
que deseja matar moinhos de vento
num surto de loucura quixotesca.
Depois da mãe
somente a mulher amada
é a única  mulher que existe
para aquele que a ama de verdade
com a exclusividade da paixão
e a confiança absoluta nela
que somente o filho tem por sua mãe
- um porto seguro,
um farol de Alexandria
neste mundo cujo porto final
fica de oitiva na gargalhada da morte
- que só não triunfa
contra o amor
que toma conta da vida e da morte
através da figura da mãe, da avó
e  depois da mulher amada
- que ama intensamente!,
mesmo depois que todo o frio
passou pela geleira
e pelo iceberg, o glaciar...
- e por toda uma Era Glacial!).

O homem que reputo mais desprezível
mas que, paradoxalmente,
tenho uma inveja de seu modo de vida despojado,
cínico, desprendido, egoísta, algo burlesco e trágico,
que evoca, de certa maneira demudada,
os feitos de Dom Quixote de La Mancha,
o cavaleiro andante celebérrimo,
é, outrossim, como o cavaleiro da triste figura(sic)
um ser de ficção.
Trata-se de Vadinho
personagem de proa
do romance "Dona Flor e Seus Dois Maridos"
do escritor baiano Jorge Amado.
Não é humano
senão no barro e água do papel,
pois está preso aos signos
traçados em frases, orações, locuções
pelo escritor Jorge Amado,
um engenho na Bahia
de todas as baías e santos,
pescadores da barcarola
e pecadores do Senhor do Bonfim.
Creio que o autor
do livro "Dona Flor e Seus Dois Maridos",
obra literária de alto nível humanitário e artístico
e também de boa culinária,
com um trato e traço gastronômico local,
escreveu-se ( ou inscreveu-se:
foi escritor ou inscritor?!(sic))
ao caracterizar a personagem
como sonho mais íntimo de si,
e de tudo aquilo que o autor
e todo homem de verdade,
livre do que pensam os papalvos subservientes
e livre de si e de suas próprias doutrinas,
gostaria de ser e realizar
nesta vida inútil e sem sentido.
( Esta vida era sem sentido algum para mim
que amava a cerveja e o cigarro em abundância
como rota de fuga deste mundo roto
feito de mulheres que eu desprezava
e apenas apreciava nos momentos de sexo
oferecendo-lhes um prazer tão cruel
que as tornava escravas do orgasmo proporcionado
com requintes de crueldade
graças á sofisticação sexual
de quem sabe tocar a mulher
como o oboísta virtuose toca ao oboé
ou o guitarrista mais sensível à guitarra...
Era  um grande e profundo desprezador
de tudo e de todos
até o dia em que vi
- você!
Vi você subindo as escadas
à sombra da "Mulher Subindo as Escadas"
de Marcel Duchamp,
na minha mente de artista plástico
que não pinta quadros,
mas caracteres robustos.
Fiquei boquiaberto;
tolamente, totalmente embevecido!
Seu modo de andar
- majestático!,
seu olhar fundeado(sic) no desprezo...
- naqueles olhos negros
 vislumbrei espelhado o meu Narciso
- vivo e palpitante
no meu olhar escarninho e frio,
impiedoso, céptico, irônico, metálico, sardônico, cáustico...:
Eu era um ímpio que você matou!,
sem nem se dar ao trabalho
de me olhar de frente,
mas perifericamente, de viés.
Desde então passei a entender
o que sempre escarnecia com asco :
aquele mestre-sala
a fazer mil mesuras e ademanes infindos
à porta-bandeira da escola de samba.
Era a história narrada pela tradição, na dança
do cavalheiro antigo
e do cavaleiro andante
a servir humílimo a sua dama,
submisso e fiel
como se ela fosse a única mulher no mundo!
Compreendi que assim também me tornei
ao ver você desde a primeira vez.
Para mim você era e é
e sempre será
a única mulher que existe,
a única mulher bela
que amo profundamente e exclusivamente,
que desejo ardentemente
servir com humildade de mestre-sala
em todos os sentidos,
quer seja sexualmente
e de todas as formas e modos de amor
e paixão avassaladora
que me sucumbe
De você nunca hei-de me afastar
um ceitil que seja.
Que nem um côvado nos separe:
nem uma morte;
- nem as duas mortes
de nossos corpos
tenha poder maior
que a ressurreição do faraó
e sua rainha,
a bela Nefertiti,
tenha sob os sortilégios
recitados no "Livro dos Mortos"
que há de nos ressuscitar no amor,
independente de filhos ou filhas,
que teimem em interpor-se no nosso caminho,
pois eu te amo(sic)
acima deles
porquanto você é a mãe
que deu à luz
aos meus olhos
com seus olhos,
quando te vi
pela primeira vez.
Ao  ver-te
foi para mim
a primeira vez que vi a mulher,
a única bela mulher que existe
e que é para mim!
- A mulher  que amo com toda a força do meu ser,
meu coração, minh'alma, meu corpo
- com a totalidade do meu amor,
minha paixão íntegra,
com toda minha entrega!...
- ... Então senti imediatamente que ali  nasci
à luz dos seus olhos negros;
depois, como homem apaixonado
nos teus braços,
olhos e sorrisos...;
nasci para amar uma mulher só
- que é somente você,
mais ninguém!
Cresci para viver uma nova vida
- uma vida eterna ao seu lado!
( Para mim,
a vida só é eterna
ao seu lado
e sob o jugo do seu amor
- de sua paixão poderosa
apta a ressuscitar
e tornar perene
nossas vidas
que hão-de vencer
os cavaleiros negros da morte
como o fez Jesus!
estar a seu lado
é maravilhoso
e me sinto completo,
que não me falta nada
e se o mundo fosse
somente povoado por nós dois
- nada e ninguém
me faria falta,
conquanto eu ame imensa e profundamente
meus filhos, meu neto...
- mas você é tudo para mim!...)).

antes de te conhecer
queria eu, também,  ter uma vida
igual ou semelhante
àquela vida devassa
de Vadinho de Dona Flor.
( Quiçá tive-a
de maneira incompleta,
antes de me entregar
aos amplexos acolhedores
da mulher amada,
a segunda mãe imaculada,
que é a melhor e mais completa mãe do homem!)

Vadinho, de Dona Florípedes,
mulher bela e virtuosa,
moça prendada,
de prendas domésticas,
era homem safado, malandro, gigolô, mulherengo, biltre...
- cachaceiro que, durante o carnaval da Bahia,
nos idos dos idos,
teve morte súbita
( parada cardíaca,
quiçá cardiorrespiratória!)
depois de se fantasiar  de mulher
e festejar o carnaval freneticamente,
consoante fazia anualmente, imagino.

Valdomiro, vulgo Vadinho (sic),
que jogava dados na roleta do cassino,
no vermelho 17 - sempre!,
- tinha todos os vícios
e ainda de quebra,
como diria meu pai,
o amor de Dona Flor
independente de bater nela
para tomar-lhe dinheiro
e gastar no jogo e na farra
com outras mulheres,
pois tinha fama
de ser íntimo de todas as putas,
também das cafetinas, cafetões e proxenetas.
( A lei Maria da Penha
não me permite
e me emudece
nessa parte tocante à agressão
mesmo porque sou contra a agressão à mulher
que realmente merece amor e carinho
e não brutalidade estúpida e irresponsável,
mormente se a mulher
for a única mulher que amo irrestritamente,
incondicionalmente, cabalmente... :
você, Cassiopeia,
constelação que me ruma ao norte,
nesta latitude).

Tirante a agressão
queria ter uma vida parecida com a de Vadinho
e sem guardar similitude
com a vida digna e honrada
do honorável  Nelson Mandela,
embora este último seja um grande homem
e o primeiro um malandro brasileiro,
sem-vergonha, caloteiro, vigarista emérito(sic),
um calhorda e um cafajeste...
- Tudo o que não sou,
nem posso ser
pois não está no meu caráter,
mas que tenho, ao menos, Flor,
direito a embarcar para o mundo onírico
e realizar este sonho
no universo paralelo
que amarga nos meus genes alelos
e os fazem tender
para um amarelo-tédio,
enquanto ela está ausente!
e meu mundo solitário e em solitude
como se tivessem terminado
uma guerra nuclear ou química
de extensas proporções.

Lamento, profeta Jeremias!,
pelas suas lamentações atormentadoras,
que me parece o lamento
originário de mim
quando da ausência dela.
( A ausência dela
deixa um rasgo no tempo
que não se remenda
nem com uma coletânea de sonetos perfeitos).
Lamento, profeta,
que eu seja de fato
mais parecido a ti, profeta,
que ao canalha,
cujo  tipo de vida
eu gostaria de levar,
ela não permite
com sua presença amorosa
de mãe e amante.

Desejaria levar tal vida dissoluta
que nem sei se me levaria ao caos
ou a bom termo,
caso não a encontrasse, querida,
mesmo porque eu ridicularizava o amor,
ria dos enamorados e seus mil beijos e abraços,
zombava da paixão
que não fosse pela filosofia, poesia e ciência, arte...
e  gostava de cismar,
usando aquele cisma de mim(sic),
em forma literária do vagabundo
imerso, afogado até à morte
nas letras do poeta baiano,
que aquela maneira de viver hedonista,
era muito mais divertida
que a vida de um homem sério
e demasiado honesto, morigerado,
estúpido e obediente enfim,
a esta civilização para escravos
e servos da gleba
sob seus malditos e crudelíssimos(sic?) suseranos
abastados e aparvalhados
graças a força do dinheiro
que domina o homem
e o demuda num fantoche.
Era então tão honesto
a ponto de me prejudicar,
conquanto cônscio disso.
Era probo por desfastio
ou por desprezo generalizado
e desapego cabal.
(Assim o incréu
que você achou
naquela escada
mal iluminada
por onde subiam e desciam
o rebotalho de dentro e fora da casa).

Admiro Mandela,
mas, antes dela existir para mim
e penetrar em minh'alma
de filósofo cínico
como se fora um fungo
ou cogumelo depois da chuva;
depois que acolhi
em meu espírito de falcão peregrino
toda a escol filosófica
da antiga Grécia
pela qual passei em estudos aplicados
até chegar a me erguer à elite do pensamento,
à fina flor dos filósofos e literatos de escol(sic),
- até ali, do tanto que li, reli, tresli,
ruminei filósofos e sábios antigos e hodiernos
- fi-lo com Filo de Alexandria
antes de te conhecer, mulher da minha vida,
pois eu desejava apenas levar a vida do vagabundo
talhado na ficção do poeta da Bahia,
- um errabundo que não deixa de ser
uma espécie renegada
de filósofo cínico na prática grosseira,
pois não tem consciência filosófica
nem erudição alguma
para ter uma pálida ideia
do que seja a práxis
que é atitude e atividade do filósofo
fundamentada na razão
e principalmente na vida
- onde mora o poeta,
que desperta a amada
bela e adormecida para a paixão do amor,
- aquela mulher inocente ainda
porque casou, teve filhos e viveu
sem , no entanto,  conhecer o amor,
e sofrer da cegueira e ânsia infinita da paixão
( incuráveis cascavéis, Jesus!);
- e o profeta vegetal
originário da escola de profetas do Monte Carmelo,
o qual tem a função precípua
de sacudir e abalar  as instituições podres,
comandadas por asnos podres,
mas cobertos de ouro
( todo ouro é de tolo,
excepto o que orna a beleza feminina!)
Quanto ao profeta
é uma força da natureza
- e sua passagem é como se fora um terremoto
no mais elevado pico ou grau
da escala sísmica
registrada pelo sismógrafo.

Digo tudo isso
e dou esse mau exemplo,
que, em realidade, está para lá do bem e do mal,
consonando com o pensamento de Nietzsche,
para deixar claro
que, não importa o homem
nem sua atitude e atividade,
o que não podemos fazer
é estabelecer qualquer acepção entre homens
porque isso abre a porta ao preconceito
e posteriormente ao crime,
ao holocausto mais cruento.
Mais que isso tudo :
que  o amor não tem escolha :
escolhe, colhe e tolhe a vítima,
pois é uma flor
que nasce e medra abruptamente
até no asfalto
vencendo tudo
- e todos!,
consoante reza um  belo poema de Drummond
que celebra a flor
- que nasceu na rua!
rompendo o asfalto,
vencendo o tédio, o nojo e o ódio.
"É feia.Mas é uma flor.Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio"("sic"?!).

( Glosa: O Escritor Jorge Amado esculpiu em caracteres
 duas personagens fictícias;
eu, no entanto, dois seres humanos diversos:
Um, na sua individualidade de homem notável,
Nelson Mandela;
e o outro, Vadinho, um ser humano
que anda por aí,
aos milhares, milhões,
de bar em bar
no bar-bar cotidiano
dos mártires da vida
que se sacrificam por nada
ou mesmo não se sacrificam,
mas usufruem a vida
com a coragem do nauta
cuja nau naufragou.
Pensa no náufrago
solitário na ilha
monge do monge
- sem monja..., minha monja,
eremita a milhas
de minhas investidas!...
traspassadas pela espada da distância
e do tempo em voo nas procelárias
que sabem a mar
enquanto eu só sei amar
- você!...).

Por aquela flor
que nasceu na escada
- na terra e água de lágrimas de mar
dos meus olhos em esgrima
esperei toda a vida
- e agora que a tenho em meu coração
e no cotidiano
como farei para me aproximar
colocar mar a mar
a amar?!...

............................................................
Um poeta narra
que uma flor nasceu na rua
rompeu a camada de asfalto
vencendo o medo, o  tédio e o ódio
que grassa entre os humanos.
( Carlos Drummond de Andrade
andou pela senda estreita
do profeta e do filósofo :
seu ardil ardia em poesia
e passava por poeta,
hodierna forma fútil do profeta,
sábio vegetativo,
e do filósofo...: meditativo epicureu,
erudito com a razão à palma da mão
e na palma do coqueiro
com maneiras e insígnias de reis,
maneirismo de leis
anti-maquiavélicas nas velas
que balouçam ao vento do advento cristalino...
cristão e gentílico).

Que dirão os botânicos?:
Dirão, Dirac, de um objeto,
algo abjeto para estudos botânicos
e rolarão a poeria no redemoinho,
quais diabos atônitos
e com paixão limitada
ao que verde vende o verde vegetal
que é o ouro a cobrir
a casca-casa-concha da vida
pela clorofila
que fila a bóia
para nós que boiamos
- boiadeiros no mar de Sargaços.
( Vinde voando na vinha, na vide,
 botânicos embaraçados,
embasbacados, pasmos parvos
em suas parvoíces
e suas ferócias a la Caracala!).

Eu digo, ante o dilúculo,
que, ao entrar na casa
na qual laboro
o boro e o cloro
que devoro,
- cumprindo pena estrita?! -
jamais me passou pelo bestunto
a tonteria assaz inaudita
que o amor nasceria
e medraria aqui
nesta casa para abrigo da Família Adams
entre tantas urzes, cruzes, urtigas,
picuinhas, crucíferas...
mescladas a estúpidas porfias, intrigas...
Por nada que nem nada
- feito nada o peixe pronto para a pesca
e limpo para a grelha,
imaginei que uma flor de amor
vinha(sic) aqui vicejar entre abrolhos
piratas caolhos
e patetas zarolhos
senão pseudo-cegos
que ganham a vida
com essa comédia profissional
todo dia encenada a cá(sic).

Lá, naquela casa de todos,
de todos os tolos,
mas também do poeta e sua amada,
eclodiu um amor
capaz de salvar o mundo!

Emergiu esta flor
na planta  da Cássia
pintada ainda tímida
no amarelo do medo
dos ditadores canhestros
e suas carantonhas
de diabos vis.
Nasceu na árvore da vida
que sustem uma mulher,
mantem-na viva
com a respiração vegetal
( a respiração é ato vegetal)
que sopra e desenha o oboé no vento,
que em si hermético
é um anjo
- um mensageiro de músicas
e um criador do ouvido
do odor e do nariz...
Nasceu, medrou e se espargiu
pela terra toda
que a acolheu em mim,
que meu coração é terra dela,
meus olhos terracota dela...
- em mim tudo é propriedade dela! :
até mesmo a lua que olho...;
- ...plantada na planura do meu coração quente!...

Aí vem um poeta Drummond,
que era um profeta
de grandes feitos literários
e, ai!, assevera que uma flor
nasceu na rua
como se fora outro Jesus e jejum na manjedoura!
Aquela pode ter sido na rua,
a outra no presépio de São Francisco de Assis,
o pobrezinho!...
Porém a minha flor
vermelha de paixão
nasceu e medrou no meu coração quente
- tudo o que eu desejo para ti
e que o poeta Federico Garcia Lorca
exprimiu em versos
do mesmo teor de simplicidade da pomba.
Ponho meu desejo
nos versos dele:
"Desejo
teu coração quente
e nada mais!"
( Deseo:
"Sólo tu corazón calient
y nada más").

( Neste computador em que escrevo a ela
está toda a inteligência do mundo,
mas falta o sopro da vida
que anima a Cássia,
fá-la mulher
- com toda a inteligência da mulher
na alma, no corpo
e espírito santo;
nos olhos que bailam
- comigo!,
junto a todo o corpo!).

( Excertos secretos da obra "Poemas e Filosofemas Vedados aos Imbecis e Demais Boçais" Que Não Olvidaram Trechos do Opúsculo do Organista de Igreja de Santa Maria Novella").
 

 
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terça-feira, 26 de março de 2013

PARALAXE(PARALAXE!) - wikdicionário wikdicionario

O fumo, as bebidas alcoólicas, os narcóticos..: as drogas, enfim, eram usados somente em rituais presididos por xamãs ou nas festas da tribo, em ocasiões especiais. Por isso não ocasionavam os males sociais e físicos (químicos) tão comuns aos nossos tempos, cujo uso de drogas, mormente os fármacos, são frequentes, na medicina ( mercado branco) e do tráfico (mercado negro).
Então, os alucinógenos e outros meios de se intoxicar, não era absolutamente um problema de saúde mesmo porque as festas e ritos eram sazonais e somente durante o intercurso, na sazonalidade, haviam excessos, permitia-se ao indivíduo  extravasar-se em grupo, na comunidade : era uma comunhão. entrementes, isso não era permitido durante o decorrer do ano, o que quer que fossem, significasse o ano em seu calendário, se havia calendário para as várias tribos. No transcurso do ano-calendário havia temperança ou, provavelmente, abstinência. Talvez, devido a esse comportamento comedido no cotidiano e ruidoso, farto, abundante em tudo : bebidas, comidas,  ritos, danças, músicas, alegria, encenação dramática... -  eram, em certo sentido, ou em todos os sentidos, até benéficos à saúde, pois dava ao corpo o veneno para que ele trabalhasse fisiologicamente e aprendesse a se desintoxicar, assim como ocorre com as doenças, que dão resistência à fisiologia do corpo humano porquanto é  um aprendizado de como o corpo humano pode e deve se livrar de males letíferos, fatais. Um exercício físico : fisiológico. Eram melhores, mais eficazes que o excesso de vacinas para tudo que é doença, as  quais dão às crianças, mais com o fito de enriquecer os políticos e seus agregados do que salvar as crianças das moléstias contagiosas, como soem propagar aos tolos, crédulos, incautos.Papalvos!  De quantos quilômetros de papalvos é feito o mundo dos homens, ó senhor Deus dos Papalvos!?
Os médicos, que  médios, meios, mas não doutos, e sim eruditos, acadêmicos movidos por doutrinas de filósofos, que os fazem de títeres, porquanto os filósofos são os potentados do intelecto; os cientistas, no entanto, são meros  fantoches ou marionetes dos políticos que, outrossim, utilizam-nos para seu fins em verbete na gramática política de Maquiavel. Eles, os  médicos, os cientistas,  são os meios, daí médicos; meios dos quais se servem sem pudor os políticos. Aliás, médico é termo bem apropriado e que lhes dão tanto orgulho profissional!...Que bom, senhores fantásticos!, -  se não fanáticos!
Médicos, cientistas estão intelectualmente sob o domínio intelectual, sob  o poder emanado do cérebro dos doutos, conquanto não o saibam e pensem que são os senhores do saber, ao invés de servos da gleba daqueles intelectos potentes, inteligências natas, gênios da natureza, como quer por o mito e põe com precisão metafórica, alegórica.
Os doutos de fato são os filósofos, mas não de direito, porquanto o direito representa o padrão cultural, o mando arbitrário da cultura, na qual comanda o político ( o vigarista de boa retórica à la grega) e o estúpido professor de filosofia, um mentecapto com título de doutor em filosofia, por direito, mas não de fato. Aquilo que é de fato diz respeito ou  respeito  à natureza, que é a única realidade : a cultura é mera idealidade criada por um jogo de leis e uma rede de intrigas palacianas, jogo violento de política, que usa a força do grupo,  num ato de engenharia sociológica, para massacrar os sábios e poe a comandar um falso saber, em seu lugar vacante, ao tolo; disso participam os pol´ticos das várias áreas do conhecimento e  de outras fações do poder, que patrulha por toda parte, como policias e cães farejadores que são, sempre prontos a servir quaisquer senhores; desses  fazem parte os senhores da guerra e da desídia e, pasmem!, dentre eles estão os cientistas, que são os eruditos, mas cujo saber se limita ao conhecimento contextualizado, ou seja, no âmbito cultural e sob a égide das leis, do direito, que despreza os fatos com um ato de lei e outro de sanção, graças, Cassiopeia bela, graças ao batalhão de choque!
No que tange ao sábio ou filósofo, esses têm seu saber ou sabedoria plantada na  natureza e pela natureza e, também, são eruditos completos, porquanto são os únicos a conhecer os fenômenos do pensamento, o pensamento em si examinado exaustivamente : Fê-lo Kant, Shopenhauer e Nietzsche, e, outrossim,  a erudição, mas uma erudição  ilimitada, a consonar com a inteligência é ilimitada dos gênios e sábios que criaram de fato o mundo dos homens. Esses demiurgos, deuses, gênios da natureza.
No que diz respeito aos míseros eruditos limitados pela natureza ( e ilimitados ficticiamente pelo poder da cultura ( pseudo-ilimite!, cômico...) e, especificamente, pela parte da cultura denominada política, que domina os homens ou os põe sob jugo brutal, quer queiram ou não), esses são parlapatões, ridículas personagens da Commedia dell'arte,  italiana : Dottore, Pagliaccio, Pantalone, Arlequín, Colombina e outros assim...
Os eruditos ( biólogos, filólogos e outros, não é "Dottore"?"!) se perdem nos meandros conceptuais, que são labirintos, porquanto confundem o geral com o particular, de forma grotesca, a modo simiesco, momesco, no esgar da loucura pintada por Erasmo de Roterdan na pele de uma diva grega ou romana, mas não com nada de "romanesco" : tudo de "pitoresco", picaresco, enfim. Estes pseudo-doutos, para eles, há um "corpo médico", quase mediúnico, sobre o qual se inclina o médico; corpo esse que não passa de um corpo genérico, ou seja, não um corpo individuado, individual, real, de fato, mas um corpo estabelecido, erigido  pela abstração em forma de conceitos culturais e leis vigentes; corpo esse que  não passa de um corpo fictício, uma corporificação da ficção médica, científica, biológica, química, física; enfim, uma espécie de "Corpus Aristotelicus", que é, um ser,  uma figuração do pensamento, algo que não existe, não está no universo, na realidade, mas apenas na idealidade, na deia platônica do ser, ou seja, é um ser, que não "existe" na realidade, mas somente "existe" na abstração do pensamento, ser este que é, simultaneamente, e numa anfibologia-temporal, um não-ser, ou seja, uma inexistência no mundo real, natural, fenomenal, quiçá : um monstro pensante e pensado : um monstro do Doutor Frankestein, de Mary Shelley, esposa do poeta inglês Shelley. A cultura contrapõe à razão esta anfibologia temporal. É uma forma crítica do pensamento, um momento crítico, no sentido em que põe o pensamento em confronto, dubiedade, paradoxo, não um criticismo à maneira de Kant.
O problema do erudito é que ele não pode se livrar das doutrinas que o escravizam, subjugam-lhe, dão-lhe regras, normas que lhe tolhe a liberdade. Ele sobrevivem intelectualmente graças às doutrinas dos sábios e gênios, as quais mal compreende; entretanto, repetem-nas ( as doutrinas!) bem demais, piamente, como se fosse verdade sagrada, artigo de fé, e, consequentemente,  sem profundidade, perspicácia, argúcia ou sabedoria própria, pois eles não possuem inteligência inata, coisa de gênios, inteligências supremas, quando universais, cujo paradigma é Leonardo da Vinci. Os pobres eruditos não tem estofo filosófico mínimo para plantar-se em uma tese, tomar uma posição de ser no mundo dos homens pensantes, ser príncipe entre os poderosos do pensamento, os portentos, aquelas potestades naturais que foram Nietzsche, Pascal, Gaus, Picasso, Goethe, Dostoievski,  Leonardo da Vinci...
O peso das doutrinas oriundas dos filósofos, trepados quais figuras simiescas, pelos vários esgalhos  da árvore do saber, fazem os humílimos e limitados eruditos sucumbir ante tamanha gravidade, a qual os verga, embora tal peso é pluma para o filósofo que pinta e pensa na pintura tal qual Kandinski ou o poeta em forma e cores que foi Marc Chagall, Joan Miró, pensa em Platão, o divino Platão...
Os eruditos podem conhecer, mas não saber, pois não têm raízes teóricas para dar tal salto sobre o abismo.- E têm medo! : um medo que os paralisa sob paralaxe usando o método de Tales de Mileto... Que tal, Tales!?...

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sábado, 23 de março de 2013

"ART NOUVEAU")"ART NOUVEAU!") - enciclopédia enciclopedia

Ficheiro:Gustav Klimt 016.jpg
Cassiopeia, minha  constelação de amor,
jamais quis, precisei, desejei, amei
qualquer mulher que fosse
- com paixão semelhante
ao sentimento de amor
completo e complexo
que tenho por você
batendo sob o plexo
com nexo ou sem nexo,
com sexo ou sem sexo.
( Claro que quero
bastante sexo,
que a paixão não se aplaca
senão com muito ato de amor!).

Quero beijar você até a alva
perder a cor
na barra da noite
- e a barra da noite
empalidecer
no dilúculo
gotejante de orvalho.
( Valho o orvalho...
Valha-me Deus!,
quanto alho olho!:
molhos de alhos,
vale no vale
ou na vala
que valha a navalha?!).

Com o rocio no cio,
rumorejando o arroio
quero receber e doar
todo o caudal da saliva
passada durante o ósculo
nos oaristos
que encetaremos
mas não terminaremos
nem quando o tempo for nunca,
pois nosso beijo
não achará abrigo no fim
ideado pelo filósofo Aristóteles
ou pelo pintor Klimt,
o qual pintou "O Beijo"
obra de "Art Nouveau"(Art Nouveau!)
( Vide o movimento cognominado(?)
de Secessão austríaca ou vienense).

Quem, Cassiopeia, achou um filão
- de amor, de paixão,
- que é nosso caso casado,
ou mesmo apenas
uma pérola de amor
dentro de uma ostra
que nos une
com coração de um
a bater pelo coração do outro
( e de mais ninguém!)
- quem assim achou
tanto amor
dum peito a outro peito
em dum-dum de tambor,
aparta-se da velha solidão,
do velho tempo
perde os andrajos do corpo
que ficou em lixo de células mortas
e fecha-se dentro da ostra
que nos abriga do mundo
iluminado pelo Canis Major.

- E nós achamos o rico filão!,
e a pérola a nos espiar
e escolher de dentro da ostra!,
hermética ao ostracismo
dos ostrogodos do mundo
dos homens bárbaros, godos,
góticos nos pórticos das catedrais medievais
e lá vai séculos,
marcados a passos de pó
no Pórtico e São Benedetto,
comuna na região da Emília-Romanha...
Ah! Se chamasses Simonis del Bardi...
não terias teu nome
como nume na Cassiopeia,
mulher querida no meu coração!

Ah! A pérola para um colar...,
achamo-la nós!,
ó amada minha,
minh'alma partilhada,
ainda sofrendo apartada!,
flor nos meus olhos,
minha vida,luz e coração!
E por causa desta descoberta,
da pérola dentro da ostra,
do veio de amor sem limites,
aspiramos separar-nos do mundo hipócrita
e ter  vida nova ( Vita Nuova, Dante Alighheri!)
tal qual fazia o cristão
que amava tanto sua causa
que preferia o martírio
a continuar sem sua fé,
que era sua esperança única
e seu único amor e bem
no mundo sob a luz do Canis Minor
que minora a hora no céu.
( Seria tudo um preanúncio do amor
e da Divina Comédia
que é a vida humana,
senhora minha?!
Outrossim os comunistas
pereceram sob tortura
por uma causa
que não valia a pena
e muito menos a vida
tudo porque  o contexto os vestiam
- de vestais!
e neles investiam
um tempo para o mártir
e outro para os que faziam a colheita
dos frutos regados a sangue!,
porque assim é o mundo,
minha doce e pura senhora,
que ainda não é minha,
mas de outro mais feliz
ou infeliz sem seu amor
- que é meu apenas!,
desde o seu berço
no desenhos dos seus olhos
buscando luz nas sombras
que desenhasse minha face
e desdenhasse as demais).

Eu, bela Cassiopeia,
não sei mais viver
sem tocá-la amorosamente todo dia,
sem abraçá-la carinhosamente,
olhar em seus olhos,
amar você perenemente
com imenso respeito...
ouvir sua voz
que adoro...
- até que chegue o dia da sega!
e a lua carregue a foice
do verdugo que ronda a vida.
Até aquele dia fatídico!

Você, Cassiopeia,
é uma constelação  suspensa no céu
sobre minha cabeça nua sem chapéu.
- Eu, um demônio caído na terra
( demônio em grego significa sábio,
diz Erasmo de Rotterdan
em "Elogio da Loucura"
a única obra de psiquiatria real
antes de Michel Foucault escrever com maestria
sua "Historie de la Folie",
na qual aborda o poder psiquiátrico
ou a psiquiatria como poder de polícia
e médicos como "policiais de branco"
Obras dessa envergadura intelectual
são ignoradas pelos louco no poder
secular e regular).

Se algum dia
a Cassiopeia apagar-se no céu
restarei num andarilho
que se arrasta à sombra vinculado
tiritando de frio
- até que a morte por hipotermia
venha e transfigure o nosso cálido amor
- de lava de vulcão apaixonado
em branco glaciar.

( Vamos viver nosso amor, Cassiopeia,
enquanto temos tempo
e não uma Era Glacial
a nos separar eternamente
sob camadas de gelo?
Vamos arrostar o mundo
mesmo sabendo
que seremos mártires do mundo?!...,
pois mesmo se o não fizermos,
não nos amarmos
até as vias de fato
aonde querem chegar os nossos corpos quentes,
ficaremos a mitigar a frustração
olhando para dois olhos
com um  amor maior e mais belo que o universo,
mas poderá não ser realizado cabalmente,
como pode e deve ser,
custe o que custar,
doa a quem doer,
pois não haveremos de ser pusilânimes,
cruéis conosco mesmo,
proibindo-nos de viver este amor imenso e puro,
que os outros proibiram
graças a circunstâncias
que não nos favoreceram,
mas favoreceram a eles
que exigem que nos amputemos desta paixão...
Todavia, mesmo se fizermos o que eles querem
impor-nos cruelmente
desrespeitando nossos desejos mais ardentes,
ainda assim
e por isso mesmo
- assistirão com júbilo
nossa morte precoce
que começará pelo sacrifício deste amor puro
-  um amor santo
que não conhece a maldade
e tem o poder de realizar maximamente
até o ponto de deixar encontrar rasto de nós
à beira do caminhante
sobre terra ou água
nos pés nus de carmelita descalço
- que será  nosso filho
ou nossa filha
que será nosso amor em chama ardente,
que nem as ardentias do mar apagará
- dos pés do caminhante,
que escreverá nas areias da ampulheta
com um pé na alpercata
e outro nu no solo
a nossa história de amor
mais bela que Romeu e Julieta,
ou qualquer outra
que foi ou que há-de vir
empós as nossas auroras juntas,
pois nossa paixão,
na acepção grega do termo,
não será meramente  uma história poética
ou científica( Deus nos livre!),
ou filosófica, religiosa, mística...( Deus nos tenha!),
mas sim uma realidade experienciada a dois,
vivida até os ossos
que o levam na morte!
- Nossa paixão,
 uma experiência  a três com o filho...
a quatro mãos com  a neta, tataraneto...
o qual será o caminhante
 ainda que sem rumo!,
mas na senda,
porquanto sempre será torto o mundo
que é dos homens e dos direitos
que se arrogam os feudais senhores
donos das almas e espíritos venais
- mas não da barra da alva...,
Cassiopeia minha,
que nessa eles não podem tocar
assim como não hão-de tocar
na sua flor de laranjeira
que lateja já por mim
desde a primeira vez
que seus olhos
deram luz à minha face
deitada no pensamento filosófico,
que era minh'alma errabunda
antes de você ma tomar
com suas legiões de amor
a lançar flechas incendiárias fatais...

Nosso amor sobreviverá
ao que vier :
ele já está escrito
n'alma, no peito, nos olhos,
no corpo inteiro,
- em todo o cosmos!!!

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Ficheiro:Gustav Klimt 016.jpg

terça-feira, 12 de março de 2013

SOTAINA(SOTAINA!) - dicionário dicionario



Savonarola não é o que consta
da história,
que é uma historieta para três porquinhos
e um lobo de maus bofes, soprano,
mas aspirante a tenor (barítono?!).

Savonarola foi
o que não narra a história
dos príncipes seculares e regulares
para os quais o que conta
são seus interesses mesquinhos,
nem tampouco o objeto abjeto e abelhudo
dos historiógrafos circunspectos
a ponto de provocar riso
em um cadáver.
Não, não é objeto
do  "delirium tremens"
dos historiógrafos de Hegiogábalo
ou Elagábalo, da dinastia Severa,
encetada por Septímio Severo.

A história de uns e outros,
senhores da terra e historiadores,
só contam e analisam
alienações marxianas ou hegelianas da mente
de quem lança
tais objetos
sob nomenclatura de um Savonarola,
que não é um,
porém muitos Savonarolas,
nenhum dos quais é de fato
um homem
que foi engolido pela baleia do verbo da época,
nem o prior
que era
à época que espocou,
eclodiu o fenômeno
no corpo de um homem
sob negra sotaina(sotaina!) dominicana.
A história dos senhores
e dos seus escravos historiólogos
são lendas, gestas escritas para o príncipe,
o governante da época
seja ele um homem todo-poderoso
ou uma doutrina com seiva de fé
e assento na ciência racional
livre dos outros contextos
que costuram os textos
e que não seja
o seu contexto em texto
de poeta narrando gestas em prosa ou verso,
o que corresponde em formação de batalha
á cavalaria ou infantaria pesada.
( Pior  que  prior,
só o priorato e o pretor,
o preço do prelado,
do prestidigitador...).

Savonarola era um religioso
altamente intelectualizado,
mas também um fanático,
prisioneiro de uma demência crônica, congênita,
que o vitimou inapelavelmente,
porquanto o Papa o excomungou
e foi, posteriormente,
executado em praça pública,
queimado vivo
frente ao Palazzo Vecchio,
em função de seus diatribes,
sua teimosia, intolerância
e sua severidade doentia.
Aliás,  quase a totalidade dos religiosos,
místicos, intelectuais e outros que tais
são políticos com poder mental,
espiritual...enfim,
com poderio encerrado em signos
e símbolos que dominam as mentes
de quem os ouve ou lê,
que impõem ideias e doutrinas
exercendo um domínio absoluto

sobre  soluço de seus súditos súplices.
( Seus exércitos ou legiões mentais
marcham em signos e símbolos
e conquistam, quando em campanha,
o pensamento e sentimento humanos
com a flecha do poeta
que esconde seus tratados filosóficos
em versos aparentemente pueris
que, no entanto, assolam
ou varrem da face da terra,
 sistemas de pensar,
os quais são mitos
que, inobstante, escrevem o teatro
para que o rito seja cumprido,
encenado sob a letra do mito,
ou seja, diz o que deve o homem fazer
- sub judice
e o que lhe é vetado peremptoriamente
dentro da história traginarrada
com um terço de tarja,
narrativa que se desenrola
em rolos de pergaminho
ou versos tratados sobre o trato do arminho.
Portanto, intelectuais, místicos, retóricos....
são, de fato, e no ato mítico e ritual,
reis perigosos,
em crisálidas de signos
e falenas de símbolos
encobertos pelas mantilhas de trevas da noite,
os quais podem ameaçar a hegemonia
dos reis reais
que subjugam pela força do gládio,
do helicóptero apache,
do tanque de guerra,
dos drones ou dos dromedários
que dão medo no medo,
nos medos e nos persas....
- enfim, os homens que se plantam em tese
em meio ao caminho de outras majestades,
também usam de aparato bélico eficaz
com cavalarianos e infantaria
- que mataria
sem piedade de Maria,
mãe de Jesus,
o filho sem fé de José,
que não era nenhum pastor
conduzindo um fato,
e, outrossim, mataria na pradaria
um bando de bisontes berrantes
não-bisonhos nem bizantinos,
mas bi-sonhos e outras bizarrices extante,
se tanto, que não sei quanto,
nem quantum nem quanta,
tanto quanto e quando
fosse o tamanho do rebanho não-simbólico de homens
- nos cascos!...
sem paz nos pastos).

Savonarola, amantíssima musa,
portentosa medusa,
vivificado até o eterno retorno
das ondas vitais,
quando do plantio da Cassia
em imaginárias aléias pela Via Cassia,
em Roma dos romanos,
era um rei poderoso,
ávido de poder,
cujo reino não era deste mundo,
mas enclavado no universo paralelo
daqueles que ousam pensar,
temerários,imbuídos, embasados em fé,
ainda que sobre seu pensar
paire a Moira
que mora
na Morávia
ou Bavária afora,
fora o foro íntimo,
que intimida o rei Midas
e mudas de mim
esparsas em ervas daninhas ao rés-do-chão
com chapéu de céu
por solidéu ou véu vetusto.

( Quando miro-me nos seus olhos
que tem desenhos exóticos
num rasgo de arte japonesa
vejo-me dentro deles
vestido com uma sotaina de frade negro,
mas sou um basilisco
que não é mitológico
senão quando não está
postado entre o amor
a nos amalgamar
e a morte a separar
o corpo de algo
que o anima
e deixa-o belo:
A morte é hedionda,
pior que o prior
e todo o priorato
- e de que duas medusas
e dois basiliscos
que acaso se enfrentam
para trazer o ocaso
quando não sabem a mar
- e amar a ponto de orvalho
nos umidificar
no barro e na água
de um fruto
do nosso encontro íntimo
- e feliz em flor no frontão
da catedral que é o nosso corpo
em junção de milhões de corpos retorcidos,
cozidos no negro
- dos lacertídeos
amealhados para formar
uma catedral negra
- noiva da morte
que grita na primeira carpideira,
que, no transcurso escuro do drama da "Pietà"("Pietà!"),
é o primeiro violino em voz lacrimosa
de uma mãe que perdeu seu filho
para o ventre escuro da terra!...:
o filho que passou
- entrou pelo ventre escuro
de seu corpo
em atos de amor febril...
ò Senhor, dá-me piedade da Piedade!...
- que esta mãe
é muito mais que a Piedade
- que as Piedades!..
de um avida inteira ímpia
- ou pia qual Maria,
a mãe do salvador).

Deixa, que esqueço Savonarola,
na sua barcarola de atilados Átilas,
e deixo endechas
ao prantear a morte de meu sobrinho
que faleceu ao 24 anos
vitimado pelo mal do século : o médico,
assassino que mata por envenenamento
com drogas lícitas.
Desassisados que recebem título de doutor
quando o douto é o filósofo
que sabe da razão
ou "Scientia rationis!"
e o poeta acurado no sentimento
de um mundo que acusa
a "cognitio fidei"
de um pontífice partícipe da sabedoria
e do conhecimento do mundo
e dos ultramundos
que se derramam
em cósmica visão
de um simples "Sabah"
ou nos hiero gamos,
já curvados pelo tempo
e pela equação de Einstein,
que se busca em luz
na constante de Max Planck...

Oh! hoje, quero a luz
da estrela apagada
na alma violentada
do meu sobrinho morto
pela mão do torto,
à sinistra, no sinistro;
e do destro,
à direita do Direito
sem Obrigações para nababos
e quiabos com baba
que caiba na queixa com baba-timão
e ameixa com queixa desleixada,
deixada às queixadas nas endechas

que não deixam o chão.

( Do opúsculo em versos tortos para os náufragos que somos após bater no arrecife, o que não escolho : "Endechas com Voz na Primeira Carpideira que não Encetou o Coro Lacrimoso do Primeiro Violino, mais Soturno que Toda a Melancolia...").

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PIETÀ(PIETÀ!) - enciclopédia enciclopedia


Savonarola não é o que consta
da história,
que é uma historieta para três porquinhos
e um lobo de maus bofes, soprano,
mas aspirante a tenor (barítono?!).

Savonarola foi
o que não narra a história
dos príncipes seculares e regulares
para os quais o que conta
são seus interesses mesquinhos,
nem tampouco o objeto abjeto e abelhudo
dos historiógrafos circunspectos
a ponto de provocar riso
em um cadáver.
Não, não é objeto
do  "delirium tremens"
dos historiógrafos de Hegiogábalo
ou Elagábalo, da dinastia Severa,
encetada por Septímio Severo.

A história de uns e outros,
senhores da terra e historiadores,
só contam e analisam
alienações marxianas ou hegelianas da mente
de quem lança
tais objetos
sob nomenclatura de um Savonarola,
que não é um,
porém muitos Savonarolas,
nenhum dos quais é de fato
um homem
que foi engolido pela baleia do verbo da época,
nem o prior
que era
à época que espocou,
eclodiu o fenômeno
no corpo de um homem
sob negra sotaina(sotaina!) dominicana.
A história dos senhores
e dos seus escravos historiólogos
são lendas, gestas escritas para o príncipe,
o governante da época
seja ele um homem todo-poderoso
ou uma doutrina com seiva de fé
e assento na ciência racional
livre dos outros contextos
que costuram os textos
e que não seja
o seu contexto em texto
de poeta narrando gestas em prosa ou verso,
o que corresponde em formação de batalha
á cavalaria ou infantaria pesada.
( Pior  que  prior,
só o priorato e o pretor,
o preço do prelado,
do prestidigitador...).

Savonarola era um religioso
altamente intelectualizado,
mas também um fanático,
prisioneiro de uma demência crônica, congênita,
que o vitimou inapelavelmente,
porquanto o Papa o excomungou
e foi, posteriormente,
executado em praça pública,
queimado vivo
frente ao Palazzo Vecchio,
em função de seus diatribes,
sua teimosia, intolerância
e sua severidade doentia.
Aliás,  quase a totalidade dos religiosos,
místicos, intelectuais e outros que tais
são políticos com poder mental,
espiritual...enfim,
com poderio encerrado em signos
e símbolos que dominam as mentes
que quem os ouve ou lê,
que impõe ideias e doutrinas
exercendo um domínio absoluto
de seus súditos.
( Seus exércitos ou legiões mentais
marcham em signos e símbolos
e conquistam, quando em campanha,
o pensamento e sentimento humanos
com a flecha do poeta
que esconde seus tratados filosóficos
em versos aparentemente pueris
que, no entanto, assolam
ou varrem da face da terra,
 sistemas de pensar,
os quais são mitos
que, inobstante, escrevem o teatro
para que o rito seja cumprido,
encenado sob a letra do mito,
ou seja, diz o que deve o homem fazer
- sub judice
e o que lhe é vetado peremptoriamente
dentro da história traginarrada
com um terço de tarja,
narrativa que se desenrola
em rolos de pergaminho
ou versos tratados sobre o trato do arminho.
Portanto, intelectuais, místicos, retóricos....
são, de fato, e no ato mítico e ritual,
reis perigosos,
em crisálidas de signos
e falenas de símbolos
encobertos pelas mantilhas de trevas da noite,
os quais podem ameaçar a hegemonia
dos reis reais
que subjugam pela força do gládio,
do helicóptero apache,
do tanque de guerra,
dos drones ou dos dromedários
que dão medo no medo,
nos medos e nos persas....
- enfim, os homens que se plantam em tese
em meio ao caminho de outras majestades,
também usam de aparato bélico eficaz
com cavalarianos e infantaria
- que mataria
sem piedade de Maria,
mãe de Jesus,
o filho sem fé de José,
que não era nenhum pastor
conduzindo um fato,
e, outrossim, mataria na pradaria
um bando de bisontes berrantes
não-bisonhos nem bizantinos,
mas bi-sonhos e outras bizarrices extante,
se tanto, que não sei quanto,
nem quantum nem quanta,
tanto quanto e quando
fosse o tamanho do rebanho não-simbólico de homens
- nos cascos!...
sem paz nos pastos).

Savonarola, amantíssima musa,
portentosa medusa,
vivificado até o eterno retorno
das ondas vitais,
quando do plantio da Cassia
em imaginárias aléias pela Via Cassia,
em Roma dos romanos,
era um rei poderoso,
ávido de poder,
cujo reino não era deste mundo,
mas enclavado no universo paralelo
daqueles que ousam pensar,
temerários,imbuídos, embasados em fé,
ainda que sobre seu pensar
paire a Moira
que mora
na Morávia
ou Bavária afora,
fora o foro íntimo,
que intimida o rei Midas
e mudas de mim
esparsas em ervas daninhas ao rés-do-chão
com chapéu de céu
por solidéu ou véu vetusto.

( Quando miro-me nos seus olhos
que tem desenhos exóticos
num rasgo de arte japonesa
vejo-me dentro deles
vestido com uma sotaina de frade negro,
mas sou um basilisco
que não é mitológico
senão quando não está
postado entre o amor
a nos amalgamar
e a morte a separar
o corpo de algo
que o anima
e deixa-o belo:
A morte é hedionda,
pior que o prior
e todo o priorato
- e de que duas medusas
e dois basiliscos
que acaso se enfrentam
para trazer o ocaso
quando não sabem a mar
- e amar a ponto de orvalho
nos umidificar
no barro e na água
de um fruto
do nosso encontro íntimo
- e feliz em flor no frontão
da catedral que é o nosso corpo
em junção de milhões de corpos retorcidos,
cozidos no negro
- dos lacertídeos
amealhados para formar
uma catedral negra
- noiva da morte
que grita na primeira carpideira,
que, no transcurso escuro do drama da "Pietà"("Pietà!"),
é o primeiro violino em voz lacrimosa
de uma mãe que perdeu seu filho
para o ventre escuro da terra!...:
o filho que passou
- entrou pelo ventre escuro
de seu corpo
em atos de amor febril...
ò Senhor, dá-me piedade da Piedade!...
- que esta mãe
é muito mais que a Piedade
- que as Piedades!..
de um avida inteira ímpia
- ou pia qual Maria,
a mãe do salvador).

Deixa, que esqueço Savonarola,
na sua barcarola de atilados Átilas,
e deixo endechas
ao prantear a morte de meu sobrinho
que faleceu ao 24 anos
vitimado pelo mal do século : o médico,
assassino que mata por envenenamento
com drogas lícitas.
Desassisados que recebem título de doutor
quando o douto é o filósofo
que sabe da razão
ou "Scientia rationis!"
e o poeta acurado no sentimento
de um mundo que acusa
a "cognitio fidei"
de um pontífice partícipe da sabedoria
e do conhecimento do mundo
e dos ultramundos
que se derramam
em cósmica visão
de um simples "Sabah"
ou nos hiero gamos,
já curvados pelo tempo
e pela equação de Einstein,
que se busca em luz
na constante de Max Planck...

Oh! hoje, quero a luz
da estrela apagada
na alma violentada
do meu sobrinho morto
pela mão do torto,
à sinistra, no sinistro;
e do destro,
à direita do Direito
sem Obrigações para nababos
e quiabos com baba
que caiba na queixa com baba-timão
e ameixa com queixa desleixada,
deixada às queixadas nas endechas

que não deixam o chão.

( Do opúsculo em versos tortos para os náufragos que somos após bater no arrecife, o que não escolho : "Endechas com Voz na Primeira Carpideira que não Encetou o Coro Lacrimoso do Primeiro Violino, mais Soturno que Toda a Melancolia...").

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domingo, 10 de março de 2013

ÍNCUBOS(ÍNCUBOS!) - glossário glossario


File:Medusa uffizi.jpg
O homem somente precisa saber amar.
O resto é futilidade.

( O amor é frugal assim,
ó escatológico Aristóteles,
homem do bom fim
e do sumo bem : a felicidade.
- A mulher?!).

A mulher já sabe amar
por isso pode se dar ao luxo
de ser  - fútil?,
porquanto é muito útil
e se junta ao agradável
e às vezes ao desagradável
quando não está afável.
Esse ser impenetrável,
doce, mas com travo amargo
de amargas ervas daninhas
que não deixa a terra
se tornar maninha.

Ouço a bravata
da satisfação plena
"ou seu dinheiro de volta"
e concluo e incluo,
ó demônios Íncubos(Íncubos!) e Súcubos,
que acaso me lêem...
-  concluo que sempre,
junto ao não-molho da sempre-viva,
melhor para a vida,
que é o desabrochar para o belo
e o despertar para a verdade
ou para a bela Aletheia,
- que é de bom tom
( um tom Jobim! no cancioneiro...)
que se deixe
algo ou tudo inconcluso,
incluso os autos
e a utopia dos arautos
a fim de que a vida
não se acabe
em tédio suicida
ao amarelar do outono
na queda do anjo das folhas caducas
e flores fenecidas.
De bom tom, Tom,
que tudo não se acabe
assim feito o feito
da obra de Kafka
com afta ou sem afta.
( Pergunte ao universo
de Drauzio Varella
que ele há de esclarecer com varíola
ou, quiçá, com varicela).

Escuto no culto inculto,
quase íncubo
( - e quase sucumbo!),
que o mundo está tomado
- todo tomado por fora
pelas hostes de Átila, o Huno, Gascões...
e não há por onde passar,
fugir, nem por água de nautas sem naus,
timoneiros sem timão ( - e pumba! : morreu a pomba).
Não há como escapar,
estamos sem escapismos românticos.
Vamos, então, por Santo Antão!,
pintando em tentação por Salvador Dali
e visto por meu ego daqui,
- vamos entrar para dentro de casa
retomar o caminho de casa
- da casa que somos e erigimos
por dentro de nós
com quatrilhões de nós górdios,
e que fica na velha aldeia da velha bruxa
onde nem tudo foi tomado de assalto,
onde o direito romano não chegou esbaforido,
civilizatório,
com seus sicários, seus mercenários,
seus mecenas, seus poemas,
prontos para prender nossa alma
emparedada no corpo
no meio do nada,
em niilismo perene.
Empreendamos uma fuga
para onde a mão pesada
do que chamam de justiça,
que é o ato de escrever a lei cruenta
sob o papiro frio e sem vida
ou dizer o direito romano
pela boca de seus juízes
limitados pelo juízo do contexto,
que jamais é judicioso,
pois o dizem para aqueles adversários
alcunhados de bárbaros...
- Fujamos a cavalo solto em galope sem brida
para onde esse direito do romano
não colheu nossa alma indômita
nem debandou
as aves de arribação de nossos sonhos
mais queridos ou opacos
das noites bem dormidas,
que são as noites das noites
em dupla raiz no mundo onírico
onde tudo é Salvador Dali,
chagas de Chagall,
"Sherzos" de Joan Miró,
ou a melodiosa voz de Gal
vazando água no imenso paul
do ouvido e do rio do olvido ( o Letes!)
rimada e ritmada pela voz do lobo no auuuuuuuuuuuu...
à lua que atua de pua
e pau, caniço,vara com minhoca
para se fazer justiça à fome do homem
e da mulher,
que é dona do homem
desde pequenino.
( Minh'alma é uma minhoca
que torce retorce ziguezagueia
com verve de verme
nada inerme,
mas ajuda com a ajuda de Nossa senhora da Ajuda
a pescar peixes e homens bons,
mulheres ótimas,
procelas para as procelárias...).

Louco são os físicos quânticos
( quantos tísicos?)
- quânticos doudos são estes
filósofos de um tempo cínico
sem um filósofo cínico
para arribar o riso
ao objetar e arguir com práxis abjecta
sobre a escatologia humana
mefítica escatologia metabólica
que não cheira ao metafórico na flor de laranjeira tenra,
alva na alma do alvo,
o cândido efebo,
que nasceu no coração da rua,
medrou sobre o asfalto cinza-serpente,
sob o Serpentário suspenso em luzeiro
que penso e apenso ao céu em negror,
- a flor cândida
regada com o aljôfar
em ponto de orvalho
descida em cachos de cachoeira
dos olhos da madrugada
a postos no olhar do poeta Carlos Drummond de Andrade
buscando e achando o amor
oculto sob o tédio, o ódio e o nojo...
- num mundo imundo, iracundo,
onde a cor do homem
é vista com olhos maus,
eivado de preconceitos violentos,
enquanto o amor de um homem
é escarnecido
e pode morrer envenenado
nas madeixas da medusa,
em endechas de tristes bardos
qual Cruz e Souza
que viola violões de anões
e faz da poesia
um canto no silêncio.
( O poeta cruz e Souza
que era  negro
nos olhos negros
de uma noite pesada na alma
dos desalmados
que constituem
o princípio e a constituição
de um estado da maioria boba
de almas penadas
que são os homens
quando industrializados
em industriosos
pobres-diabos...
perdidos, nus, num estado
que não alforria ninguém,
nem o governador
e outros sátrapas
com belos e pomposos nomes
palavras-pavão
que dissimulam-se em democracia.
Heróicos, heróis Herodes de todos os tempos
- até o fim dos tempos!...
são estes déspotas
sempre vivos e com o mesmo poder desumano
passado em leis
e repassadores de ordens em decretos
que ferem de morte as leis
e o direito que se esconde no pensamento
e se recusa a alienar-se na arena romana
preparada para matar cristãos.
Eternos mártires somos!,
ainda que nos deixe a vida
- despedaçada!

Ah! os físicos quânticos
estes novos epicureus sem Deus
ou com o bom Deus,
sem rei ou com o rei do momento...
Ai! Estes são inocentes
e vivem esparsos
pelos mundos paralelos
e nos espaços alelos dos genes!
São criaturas de poder
tal qual os reis e imperadores,
mas seu reino é metafísico
e eles somente tem poder mental,
nunca neste mundo para belicosos primatas
que sabem usar as patas
e as mentes das inteligências natas,
que eles cooptam e prendem,
para dominar mundo cão
- majoris e minoris.
( Sou da ordem destes minoritas!).

E enquanto o mundo corre,
nos cabelos da mulher
a medusa espreita
cheia de desdém
porque ela é bela,
de uma beleza natural,
e o homem a serve solícito
com toda sua verve no verbo,
feito um lacaio "laico".
A mulher é maior
em fortaleza que o homem
e por isso o espezinha continuamente.
Ela já é madura e astuta
desde tenra idade
enquanto o homem passa a vida
em folguedos infantis
e em idade provecta
brinca de filosofia
e  ciência e poesia.
A superioridade congênita da mulher
está expressa na sua vida
- ela vive da arte de amar
da qual nada soube Ovídio
nem nenhum esteta e sábio
que pude ouvir ou ler
no seu casulo de signos,
nem empós escapar so invólucro na crisálida
que lhe tolheu ou preparou as asas
para o voo cara e vela
para o sol
único espelho
em seu espectro lucífero.

A mulher é a sabedoria em prática-práxis
e ensina o amor ao homem.
Só então, depois de aprendiz de feiticeiro,
o "trouxa" pode amar.
De fato,  o poeta pode ser mestre
nesta arte de errar
pela dor e pelo prazer mais deleitoso
proporcionado pelo leite no leito,
pois é mais pato a amar
de tanto amar o mundo
e ao se tornar, enfim, mestre na arte de amar
- vai amar a mulher
que faz a vida seguir
com a criança que encanta
e é um deus e uma deusa
no lar que leva a levante de novo
os antepassados deitados em covas
- com  frialdade insensível nos ossos
onde se aninha a morte,
enovelada, velada,
sem sopro para oboé
na sexta sinfonia de Beethoven,
pastoral para Baudelaire, o louco...
(- Para onde fugiremos, pastora!,
tocando avena...
Não há lugar, lagar...:
o mundo está fechado
sitiado pelas legiões romanas,
até nas letras dos poetas apócrifos
- que, lamentavelmente,
sonham ser canônicos
e se perderem na fama,
aonde hão-se chafurdar!).

A mulher!, que é, outrossim, uma medusa!,
quando a olho no olho,
vejo que não é para ela
que olho primeiro,
mas para várias faces
que vem antes dela
e que Berlini
deixou ao esculpir
e também a escapulir
porque é complexa demais
a face e os cabelos da medusa em ato,
a mulher verdadeira, real pomba.
Ao olhar para ela
vejo um monte de sonhos perdidos
rostos esquecidos na infância sem tanta fanta
mas com fantasia dada ao infinito.
Quanta infância e infante!...

Quando a olho,
ó Betelgeuse,
miro, miro, teus olhos estelares no céu
de um preto anum,
e outro tanto  Anúbis,
mudando "mutatis Mutandis"
o tempo do verbo
para desprezar as penosas pessoas do discurso
imposto em retórica torta
e amar as pessoas reais
que não reinam como personagens no palco social,
na coorte cheia de cortesãs e aduladores
mas sob a carne viva do ser humano
macho ou fêmea,
consoante Deus nos criou,
abaixo da Betelgeuse.
(No meu mirar,
do meu mirante longe dos Balcãs(Balcãs!),
evoco um apelido querido,
de um ser humano querido por mim:
Miro era a alcunha de um preto velho,
não um macumbeiro!,
que conheci em menino
e que parecia amar o infante
que fui nos idos de década em folhas morta...
Havia acabado de nascer
no bem-nascido berço
que me embalou
nas canções de minha mãe
que não conhecia Alfred de Musset
mas sim Alvares de Azevedo.
Tempos depois
vim a conhecer aquele homem
cuja morte foi rápida e trágica...:
Toda morte é assim).

Assim como eu
quando a miro e vejo
- vejo tantos fantasmas á sombra
de seus olhos negros,
quando ela me olha
também vê algo atrás de mim
e de si :
um rosto do pai
de um primeiro amor
que se deixou enterrar no tempo.
Pasma, vê um fantasma!
- sem ópera, opereta, bereta...
lembra de gestas
narradas por antepassados
(cova rasa, cava veia,
velha aveia,
candeia, estrela cadente, candente...),
por isso me mira assustadiça
em contraponto com a memória que retorna
e retorce, entorta, distorce, torce o tempo
e o espaço na equação de Einstein
e a luz equacionada por Max Planck
que não sabia rosar  rosa da rosa,
mas sim assinalar  o corpo escuro.
Ela é a árvore da vida
dentro do meu jardim  edênico;
- ela me faz respirar
e viver dessa música
que sopra oboé do nariz
- com o sopro do anjo
que vive nas folhas, flores e frutos
da árvore que a sustem
e me alimenta
- até que chegue o outono, amarelo anjo,
e ela caia
e eu decaia,
pois não vivo sem o sopro da musa
que toca minha vida,
nutre minha árvore da vida,
sem vida
- sem ela.
A senha, a senda é ela:
musa e medusa.

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File:Medusa uffizi.jpg

sábado, 9 de março de 2013

BACANAIS(BACANAIS!) - etimologia etimo

Quero fugir para a Ilíria("illyricum")
a terra dos homens livres.
( Livres de quê e para quê?!:
para mercar?!
Pestanejar?!
Burilar a nomenclatura botânica...)

Desejo ardentemente
sair desta terra de escravos,
títeres e fantasmas pasmos
em tresloucada diáspora
- fugir dos judeus que judiam de mim
por dentro do coração carmesim
porquanto anseiam deixar o cativeiro
na terra do estrangeiro
e voar ao encontro
de longas asas
de cara na vela do sol
e coroa votada às cefeidas
que ceifam uma vela padrão.
Porém sei que nem lá,
na Ilíria destes tempos em mosaicos
ou em arabescos nababescos,
há mais homens livres
depois desta civilização para escravos
que tomou tudo de roldão
e tornou servo da moeda
ricos e pobres,
mas não nobres
que estes não envilecem por cobre
ouro ou sabre (sabre lá, sabiá?!...
sabe-se lá, sábado, em Sabbath!?...
em bacanais em que tonteais,
em tonterias e outras histerias,
em processo de resiliência, histerese...).

Não há mais Ilíria,
mas hilária pilhéria,
hilário palhaço
a balouçar o incensário
empunhar o missário,
o bestiário...
e fazer mau uso do bestunto
em qualquer assunto
de malmequer, bem-me-quer,
na botânica,
na desbotânica
desbotada em flor e pistilo,
estigma, gineceu,  androceu
( O que é seu?!
e o que é meu, meus Deus!?...
dos desesperados!
- ou do desesperado que sou
desde o primeiro céu em hora de aurora
com luz nos olhos de quem olha
e vê o rasgar lucífero das trevas!...).

A flor em seu furor
uterino
é um malmequer.
Malquerença fundada em crença,
desavença
que bota a bota da botânica
na Itália, Gália...
- bem como, ou mal como,
 a desbotânica
sem tônica,
catatônica.
aplatônica...
( A botânica bota no objeto
o ser platônico
que se vira
em amor por flor
- uma filosflor (filosoflor!)
a filosoflorar
com filosofia inacabada
ou alterada pela terra
que agarra a raiz
e molha com molho
o molho do filos,
da família, do gênero, da espécie-Darwin,
da cosmomonia, cosmonomia, cosmogonia...
que mia no gato,
guincha no rato,
se adequa no pato
em grasnido para corvo,
grunhe no corpo porco...
enfim, chega!).

Quem bem-me-quer
mal não me quer.
E há quem nem me quer
- por certo
e por perto.
E é certo ( ou errado?)
que perto às vezes
é longe demais
mesmo se não segregais
e ainda que "segredais"
ou estais a secretar hormônios
em oaristos,
"ma belle".
lquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo aladoviolinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ